Revê-te ao espelho ... e sente na pele
O frio a marcar ... a verdade crua
Esse espelho velho ... é bem mais fiel
Que o jovem olhar ... que te vê na rua
Revê-te com calma ... e sente a verdade
Que baila no rosto ... que conheces bem
Sentirás na alma ... a cumplicidade
Daquele bom gosto ... que a saudade tem
Revê-te e percebe ... o quanto custou
Caminhar sozinho ... nas ruas do fado
Verás que foi breve ... o sol que brilhou
Durante o caminho ... quase terminado
Revê-te e aceita ... a culpa que é tua
Pelo resultado ... que então conseguiste
Depois aproveita ... o brilho da lua
No céu estrelado ... da noite mais triste