Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

O retrato do meu fado

Sou simplesmente
Uma voz que se levanta
Sempre que sente
Verdades que o povo canta
Toda me entrego
Às rimas que o fado tem
E nunca nego
Os meus fados a ninguém

Sou a cantiga que passa de boca em boca
Numa correria louca
Em perfeita direção
Velha cantiga, carregada de mensagem
Que parece uma viagem
À volta do coração


Trago na voz
A virtude e o pecado
Que em todos nós
Vivem sempre lado a lado
Mesmo que a dor
Queira morar sempre em mim
Canto o amor
Do princípio até ao fim


Escrito para a música do Fado laiva de Júlio Proença