Saciada / e aconchegada
Por
versos do meu agrado
Quase
nunca me contento
E
alimento / o sentimento
Do
jeito mais dedicado
Posso
sentir que o cansaço
É
espaço / onde refaço
O
corpo já fatigado
A
alma da própria vida
Desiludida / e perdida
É
sempre a alma do fado
Na
hora da solidão
A
razão / do coração
É
um sopro musicado
Sopro
que vem quando quer
Ter
o prazer / de beber
Essências
do seu passado
P’ra
maior contentamento
Eu
invento / o tal momento
Pela
voz abençoado
Para
matar a saudade
Que
m'invade / em felicidade
Quero
sempre mais um fado