Guardo
em mim uma saudade... em movimento
Inventada
num sufoco... em desvario
Nesta
paixão muito tarde... em sofrimento
Anda
um sonho quase louco... e doentio
Guardo
em mim uma verdade... sem futuro
Inventada
inutilmente... em desamor
Na
solidão que m’invade... em amor puro
Andas
tu, amor ausente... amor maior
Guardo
em mim uma lembrança... enternecida
Inventada
p’lo desejo... agonizante
Nascida
duma esperança... renascida
Alimentada
num beijo... já distante
Guardo
também o perfume… sedutor
Inventado
num abraço... natural
Não
morro mais de ciúme... nem de dor
Agora
vivo no espaço... intemporal