Matei
a timidez com balas de poesia
Matei
a ilusão com frases de azedume
Ganhei
a lucidez da minha nostalgia
Com
fados de paixão escritos p’lo ciume
Matei
também o medo em que me sinto vivo
Medo
que se revela em suspiros e ais
Desvendei
o segredo e assim tive um motivo
Para
abrir a janela ao sol dos ideais
Janela
aonde chega o luar crepitante
Luar
que não aquece a minha solidão
Janela
onde revejo o teu amor distante
Que
ao longe me parece a lava dum vulcão