Meu coração já não chora... não se queixa
Nem se dá infantilmente... a qualquer dor
Se o amor quase o devora... não se fecha
Dá-se todo inteiramente... ao deus-amor
Como qualquer coração... berço-ternura
Que se orgulha do que é... e do que dá
Bate forte na paixão... e na loucura
Sem nunca perder a fé... no amanhã
Meu coração tem um jeito... especial
Diferente dos demais... ou talvez não
Fica a saltar-me no peito... intemporal
Quando o amor dá sinais... de tentação
E quando o meu coração... em liberdade
Deixar de bater assim... tão compassado
Talvez por recordação... e por saudade
Volte a despertar em mim... e no meu fado