Que se passeia nos campos da tristeza
Peço perdão á árvore mutilada
Pela mão assassina da frieza
Em nome da vontade descabida
Com que o homem maltrata a raro preço
Peço perdão á árvore despida
P'la força reprovável do progresso
Em nome dos que pouco representam
Mas que teimam em querer subir demais
Peço desculpa ás árvores que aguentam
Tempestades, horrores e vendavais
Em nome da justiça universal
Que defende o espaço verdejante
Tentarei aniquilar a mão do mal
Para poder abraçar o semelhante