Daqui, desta cidade apetecida
Refúgio do meu fado redentor
Te envio rosas brancas, minha querida
Em paga do teu doce e grande amor
Daqui também te envio este poema
Ditado pela voz com que te canto
Tu és musa real deste meu tema
Por ti, a solidão não me dói tanto
Aqui, nesta distãncia que faz lei
O luar não tem um brilho natural
Confesso meu amor, que já nem sei
Se a vida é primavera ou vendaval
Vou tendo a minha cruz, mas no entanto
Consigo ser feliz, porque te quero
Apenas tenho sonhos de quebranto
Na noite em que por ti sou desepero