Quase sempre o mesmo olhar
De traços misteriosos
Num rosto de purpurina
Quase sempre o mesmo andar
De passos meticulosos
E cadência genuína
Quase sempre o mesmo gesto
Acenando a salvação
Ao amigo rotineiro
E no seu porte modesto
O imponente clarão
Luar aventureiro
Fecham-se as portas da noite
Para que o povo diurno
Não lhe conheça a verdade
Por mau que seja o acoite
Há sempre um amor nocturno
Que é fruto duma verdade