Nem há solidão perdida
Quando a saudade tem fim;
O dilema tão intenso
Da rima desconhecida
Pulsa bem dento de mim
Não sei rimar felicidade
Sem que teu nome apareça
Na luz do meu pensamento
Nem sem rimar liberdade
Sem que o amor entristeça
Nem sem rimar liberdade
Sem que o amor entristeça
Do jeito mais violento
Não sei rimar primavera
Sem que teu formoso rosto
Não sei rimar primavera
Sem que teu formoso rosto
Tenha brilhos matinais
Nos tempos da minha espera
Há sempre um luar de Agosto
Nos tempos da minha espera
Há sempre um luar de Agosto
Que não se vislumbra mais
Não sei rimar melodia
Sem que a voz com que me falas
Não sei rimar melodia
Sem que a voz com que me falas
Tenha um sonho embalador
Ai minha irmã poesia
Vê lá se nunca te calas
Ai minha irmã poesia
Vê lá se nunca te calas
E me dás sonhos d'amor