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Não há muros de silêncio
Nem há solidão perdida
Quando a saudade tem fim;
O dilema tão intenso
Da rima desconhecida
Pulsa bem dento de mim
Não sei rimar felicidade
Sem que teu nome apareça / Na luz do meu pensamento
Nem sem rimar liberdade
Sem que o amor entristeça / Do jeito mais violento
Não sei rimar primavera
Sem que teu formoso rosto / Tenha brilhos matinais
Nos tempos da minha espera
Há sempre um luar de Agosto / Que não se vislumbra mais
Não sei rimar melodia
Sem que a voz com que me falas / Tenha um sonho embalador
Ai minha irmã poesia
Vê lá se nunca te calas / E me dás sonhos d'amor