As luzes da guerra / Num país irmão
Vão manchando a terra / Que daria pão
E o pão desta vida / Vai sendo pisado
P'la ira incontida / Dum poder errado
Os corpos dum povo / Indefeso e triste
São alvos dum corvo / Que na selva existe
O sangue arrefece / Transforma-se em nada
E o povo padece / Duma forma errada
Crianças buscando / Um porto de abrigo
E pais suportando / O fogo inimigo
Os gritos de dôr / Num som infernal
Têm o sabor / E a côr do mal
A noite e o dia / São á mesma hora
E o povo implora / Paz e harmonia
Os Deuses da terra / Não guardam os seus
Porque numa guerra / Não pode haver Deus!