Vejo o desespero que me rouba a calma
E sonho o teu corpo, feito gota d'água
Embalando o medo que me fere a alma
No fundo da vida canso o meu olhar
Vendo a tua imagem tão longe de mim
Revejo a partida, anseio voltar
E mato a distância que não tem fim
No fundo do tempo que mata a tristeza
Vejo esvoaçar a ave do amor
E faço do vento a minha certeza
Se o vento mudar, acaba-se a dor;
E faço do tempo a minha alvorada
Sonhando a chegada da ave do amor