Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Fado da minha vida

A minha vida
Qual bola descolorida   
Tem a cor desmaecida, p’la lei do amor
Neste meu peito
Bate um coração sem jeito
Porque meu sonho perfeito, perdeu a cor

Sabe-se lá
Porque é que a vida nos dá
Dentro de cada manhã, um sol tristonho
Este meu pranto
Tem a cor do desencanto
Porque sofro tanto tanto, que já nem sonho

Não consigo lidar com o inimigo
Pois sei que corro o perigo de me perder
Por não saber, qual a cor da minha lei
Sinceramente não sei o que fazer
Quero apenas que as dores sejam pequenas
Para que nos meus poemas haja mais céu
A minh’alma tem fado magoado
Da cor dum pecado que alguém cometeu

Na minha mente
Há um sopro diferente
Que me dá constantemente, prantos de dor
E quando o dia
Me traz mais melancolia
Só o sol da poesia, me põe melhor

Quando preciso
Do brilho dum bom sorriso
Imagino o paraíso, no olhar do mundo
E a minha voz 
Canta poemas por nós
Gerando um sonho veloz, e mais profundo
                                              
Escrito para a música do fado Alcântara