Vejo da minha janela
Uma aguarela de brilho novo
É apenas claridade
Desta cidade, mãe do seu povo
Vejo traços de glória
Fazendo a história deste país
No olhar duma criança
Vejo a esperança brincar feliz
Vejo rituais de fado
Fazendo o agrado do coração
Sempre que a cidade canta
Não há garganta que diga não
Quando a cidade adormece
Até parece que não tem voz
Então sinto a madrugada
Bem acordada, velar por nós
Quando a cidade desperta
Já tenho aberta a tal janela
Com o olhar do desejo
Deponho um beijo nessa aguarela
Com os sentidos dispersos
Escrevo versos de felicidade
Rimando sol de ternura
Com a doçura desta cidade