Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Vento da pouca fortuna

Vento da pouca fortuna
Soprando fora de tempo
E fora da própria vida
A sorte, é balão d’espuma
Que se fina no momento
Em que tem a cor garrida

Quem tem o vento da sorte
Tem ao alcance da mão 
A riqueza original
A alma fica mais forte
E transmite ao coração 
A coragem natural

A sensatez do amor
Não tem o mesmo valor 
Nem tem a paixão voraz
Porque nos sopros do tempo
O vento traz desalento 
E tira brilho às manhãs

Mas nem sempre temos vento
E nem sempre temos sorte 
Mesmo com desejos puros
Apenas no pensamento
Temos a estrela do norte 
Que nos dá rumos futuros