Era
uma vez um poeta que sonhava
Era
uma vez uma voz que se perdia
Era
uma vez um amor que não se dava
Era
uma vez uma flor que não sorria
Em
nostalgia... mas vivia
Era
uma vez um destino meio perdido
Era
uma vez uma luz sem claridade
Era
uma vez um fadista entristecido
Era
uma vez uma cruz feita saudade
Em
liberdade... e sem idade
Era
uma vez um país sem rumo certo
Era
uma vez um futuro meio escuro
Era
uma vez um olhar entreaberto
Era
uma vez uma gente sem futuro
Um
povo inseguro
... mas muito puro
Era
uma vez tudo isto
Era
vez tudo igual
Tudo
visto e já revistio
Tudo
tudo... Portugal