Foi assim que te vi, donzela puritana
Quase miraculosa, insinuante e doce
Foi por ti que senti a minha força humana
Eras demais formosa, antes assim não fosse
Trazias tentação no rosto angelical
Rosto que apareceu angelical demais
Arfavas sedução dum jeito especial
Qual santa sem ter véu, rosa dos vendavais
De sorriso atrevido, intenso e de lampejo
Olhaste a luz da lua, olhaste o firmamento
Qual poema perdido a rimar com desejo
Qual verso que flutua ao compasso do vento
De repente, um clarão afastou-te de mim
Levando a tua imagem atá ao infinito
No céu, a imensidão era o sinal do fim
Foste a minha miragem e o meu sonho bendito