Não sou a viva voz do povo a que pertenço
Nem tenho em meu poder o verso mensageiro
O meu sonho veloz, tão lindo, tão intenso
Apenas fez nascer um sonho pioneiro
Não sou o verbo amar que rasga o infinito
Sou apenas razão na razão que me apraz
Quero reencontrar a força do meu grito
Para provar então do quanto sou capaz
Eu sou a brisa calma, oculta nos sentidos
Eu sou a dôr vulgar no céu que não tem cor
Tenho na minha alma anseios desmedidos
E quero flutuar no reino do amor