Há vestígios na carne dolorida
No avanço fatal da sua idade
Porque a terra que lhe deu o pão da vida
Ficou-lhe com o sol da mocidade
Na terra sepultou a juventude
Com a força do braço companheiro
No seu tempo marcado p’la virtude
Viveu... como quem tem o mundo inteiro
À terra nunca fez nada de mal
À terra nunca disse um breve adeus
Num instinto de fogo paternal
Foi na terra que quis criar os seus
É grande a ironia do destino
A vida tem mistérios de espantar
À terra, deu os sonhos de menino
E lhe dará o corpo, p’ra guardar