Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Maldita dor

Oh maldita dor que marcas presença
Trazendo a amargura violentamente
Causadora-mor da dor mais intensa
Que deixas escura a alma da gente

Sabemos que tens a vil crueldade
Usada a destempo de forma mordaz
E sempre que vens roubar felicidade
Trazes o tormento que tanto mal faz

Pareces ausente, mas surges do nada
Como que uma luz em noite chuvosa
Ninguém te pressente, porque vens calada
Deixando uma cruz na alma chorosa

Oh maldita dor, vai-te lá embora
E deixa comigo a minha verdade
Eu quero supor que a alma só chora
Porque tem consigo a luz da saudade