Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Alcunha

Nome pode ser alcunha / Quando não se sabe o nome
E se a vaca perde a unha / Há sempre alguém que a come

Nome pode ser insulto / Se a coisa não corre bem
Pessoa pode ser vulto / Com formas que ninguém tem

Nome pode ser ofensa / Quando a cara não agrada
De nada vale ter crença / E andar com a fé virada

Nome pode ser motivo / De processo em tribunal
Acusado de estar vivo / Sem ter vivência normal

Nome pode ser acaso / Coincidência ou presságio
Pode também ser o atraso / Dum fado quase plágio

Nome pode ser a senha / Duma conta bem choruda
Qualquer coisa que convenha / A quem de caráter muda

Nome pode ser, até / Passaporte caducado
De alguém que sabe quem é / E quer viver nascarado

Nome pode ser destino / Má sorte, azar ou castigo
Quand
o não é genuíno / É tudo o que aqui não digo